quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Aulas de roteiro com Tom Cruise


1 - TOP GUN: Tom Cruise é um piloto de avião. Ele é muito bom, mas um trauma o impede de ser o melhor. Ele se apaixona por uma mulher que o ajuda a superar, e no final ele alcança seu objetivo.

2 - DIAS DE TROVÃO: Tom Cruise é um piloto de automóveis. Ele é muito bom, mas um trauma o impede de ser o melhor. Ele se apaixona por uma mulher que o ajuda a superar, e no final ele alcança seu objetivo.

3 - COQUETEL: Tom Cruise é um barman. Ele é muito bom, mas um trauma o impede de ser o melhor. Ele se apaixona por uma mulher que o ajuda a superar, e no final ele alcança seu objetivo.

4 - JERRY MAGUIRE: Tom cruise é um agente de atletas. Ele é muito bom, mas depois de ser demitido, fica traumatizado, e este trauma o impede de ser o melhor. Ele se apaixona por uma mulher que o ajuda a superar, e no final ele alcança seu objetivo.

5 - RAIN MAN: Tom Cruise é um importador de carros, um empresário. Ele é muito bom bem-sucedido, mas um trauma o impede de ser feliz. Ele se apaixona por uma mulher encontra seu irmão autista que o ajuda a superar, e no final ele alcança seu objetivo.

6 - VANILLA SKY: Tom Cruise é dono de uma editora. Ele é muito bom, mas um acidente o impede de se manter como o melhor. Ele se apaixona por uma mulher que o ajuda a superar, e no final ele alcança seu objetivo. Mas descobre que é tudo um sonho.

7 - A COR DO DINHEIRO: Tom Cruise é jogador de sinuca. Ele é muito bom, mas sua arrogância o impede de ser o melhor. Até que Paul Newman aparece e o ajuda a superar, e no final ele alcança seu objetivo.

8 - QUESTÃO DE HONRA: Tom Cruise é um advogado. Ele é muito bom, mas um trauma o impede de ser o melhor. Ele se torna amigo de uma outra advogada que o ajuda a superar, e no final ele alcança seu objetivo.

9 - MINORITY REPORT: Tom Cruise é um policial do futuro. Ele é o melhor, mas uma conspiração o coloca sob suspeita. Ele seqüestra uma paranormal que o ajuda a superar, e no final ele alcança seu objetivo.

10 - DE OLHOS BEM FECHADOS: Tom Cruise é um médico. Ele é muito bom, mas depois de ser quase traído pela mulher, fica traumatizado. Ele se mete em orgias e não se dá bem. Isso o ajuda a superar seu trauma, e no final ele volta para a mulher.

11 - A FIRMA: Tom Cruise é um advogado, mas ao cair em uma rede de intrigas proporcionadas pelo mega-escritório em que trabalha, adquire um trauma que o impede de se tornar o melhor. Com a ajuda de sua apaixonada esposa, consegue alcançar seu objetivo.

12 - ENTREVISTA COM O VAMPIRO: Tom Cruise é um vampiro fodão. Ele é muito bom, mas a chegada de um novo vampiro o traumatiza, quase matando-o. Ele se apaixona pelo vampiro e no final alcança seu objetivo.

13 - MAGNÓLIA: Tom Cruise é um guru de auto-ajuda machista. Ele é muito bom, mas sua arrogância o impede de ser feliz. Ele encontra seu pai no leito de morte e isso o ajuda a superar, e no fim ele descobre a verdadeira felicidade.

14 - NEGÓCIO ARRISCADO: Tom Cruise é um aluno universitário. Ele é muito bom, mas um trauma o impede de ser o melhor. Ele se apaixona por uma prostituta que o ajuda a superar, e no final ele alcança seu objetivo, virando o cafetão de sua própria mulher.

15 - NASCIDO EM 4 DE JULHO: Tom Cruise é um combatente no Vietnã. Ele é muito bom, mas um acidente o impede de se manter como o melhor. Ele se apaixona por uma mulher, e no final ele alcança seu objetivo, mesmo paralítico. E... adivinhem o último filme???

16 - O ÚLTIMO SAMURAI: Tom Cruise é um militar contratado para treinar os japoneses. Ele é muito bom, mas um trauma o impede de se tornar um samurai. Ele se apaixonada por uma japonesa e no final (adivinhem só?) ele consegue seu objetivo!


E toda piada tem um fundo de verdade...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Uma carta aberta para os editores e diretores de filmes de ação



Simon Brew, um cinéfilo norte-americano, começou uma campanha pelo retorno dos filmes de ação onde você realmente consegue ver o que está acontecendo.

Aqui está a tradução livre de sua carta:

Olá,

Eu sou apenas um espectador. Eu junto meu dinheiro, vejo filmes, compro DVDs, e então eu fico falando sobre eles até meus amigos decidirem que é hora de sairem e achar novos amigos.

E eu acredito apaixonadamente que há poucos prazeres relaxantes na vida que se comparam a um bom, sólido filme de ação.

Durante minha vida, eu fui mimado por uma abundância de filmes de ação que eu assisto, reassisto e assisto de novo. Duro de Matar, Aliens, Mandando Bala, Con Air, Armageddon, Adrenalina, Tropas Estrelares, Trilogia Bourne, Missão: Impossível, Cassino Royale - Eu poderia, literalmente nomear filmes até a eternidade. Pergunte para os meus ex-amigos.

Entretanto, recentemente, uma tendência vem crescendo, que me parece, um pouco de loucura na edição dos filmes.

Eu notei isso primeiramente, ou mais obviamente, no filme Transformers, do Michael Bay (e eu digo isso como alguém que gosta de muitos de seus filmes). Este foi talvez o primeiro filme que eu já vi que me fez sentir velho. Por que enquanto os efeitos eram incríveis, a construção era boa e ver máquinas gigantes quebrando o pau entre si é algo encantador, chegou num ponto onde eu não tinha idéia do que estava acontecendo. É real: nenhuma!

De tão rápida que era a montagem, e tão próximos os planos, que por grande parte do tempo eu me senti vendo flashes de cores passando, como se eu estivesse submetido uma experiência glorificada de teste de visão. Eu entendo que teorias de edição de filmes frequentemente aponta algo como "quando foi a última vez que você viu um filme que era tão rápido?", mas se alguém está perguntando essa questão, eu gostaria de levantar minha mão agora mesmo.

Não me entenda mal: edição de filme exige grande habilidade e filmes de ação tem sempre utilizado de cortes rápidos para expressar a energia e o momento. Eu não tenho problemas com isso. Eu não estou sendo um reclamão também, desses que gostam de dizer como eram os filmes dos bons velhos tempos. Cinema de ação evolui e segue adiante e tivemos grandes lucros com essa evolução recentemente.

Eu também entendo que às vezes o efeito de corte muito, muito rápido pode trazer, sucessivamente a idéia de uma briga rápida e brutal, como em Batman Begins e a Trilogia Bourne. Esses filmes, para mim, trazem a noção de que que você não deve ver tudo que está acontecendo porque eles são lutadores rápidos, brutais e nervosos. Mas pelo menos eles nos dão uma pista e uma idéia do que está acontecendo. Há o equilíbrio entre cortes rápidos e planos fechados te tratando como a audiência merece.

E então eu me deparo com algo como "Quantum of Solace" (um filme que quer tanto ser uma sequencia de Bourne que ta ficando ridículo, mas isso é assunto pra outra conversa). A sequência inicial de Quantum é tão ridicularmente rápida, sem justificativa aparente, que de novo, eu me senti como se não devesse (ou não pudesse) entender o que estava acontecendo. Não é o único exemplo recente. Um crítico de Carga Explosiva 3 notou a decisão de "editar as lutas para uma confusão incompreensível de luzes e efeitos sonoros". Eu não vi Carga Explosiva 3, mas como um devoto de filmes de ação, eu entendo de onde ele tirou isso.

Então se isso, então, é a mais nova tendência dos filems de ação de Hollywood, posso agora pedir por favor para isso parar, em favor de dar ao espectador uma chance de ver o que está acontecendo?

Não há nada de errado não ser um filme do Bourne, e é absolutamente normal acreditar que você não tem que bombardear a audiência repetidamente para empurrar a mensagem que seu filme é rápido e furioso. Eu reassisti Duro de Matar recentemente e enquanto ele corta rápido, a excitação da sua ação está logo ali na frente da lente da câmera, e o corte preciso nos dá ampla oportunidade de curtir tudo. Isso sem nunca o filme perder controle ou energia.

Eu escrevo isso como um grande fã de cinema de ação e eu vou continuar a ser. E mais, eu vou continuar a juntar meu dinheiro e sem dúvida comprar outras cópias de muitos de meus filmes de ação favoritos quando chegarem em alta definição. E vou ansiosamente ver os trailers do próximos extravagantes filmes de ação ali esquina.

Eu apenas peço para as pessoas que fazem filmes, que vocês façam uma coisa por mim: POR FAVOR, ME DÊEM PELO MENOS UMA CHANCE DE VER O QUE ESTÁ ACONTENCEDO!
Muito obrigado pelo seu tempo.

Sinceramente,

Simon Brew



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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sidney Lumet, o homem que não quer parar.


Em 1998, quando alardeei minha família dizendo que queria estudar cinema, ganhei de natal de minha vó um livro chamado "Fazendo Cinema", do Sidney Lumet. Ele abriu minha cabeça para uma porção de coisas, hoje óbvias para mim mas na época surpreendentes sobre os bastidores da indústria, as relações pessoais num set de filmagem e como funciona idealmente uma equipe de filmagem. Lumet foi então meu primeiro contato com a literatura sobre cinema. Comecei, além de estudar mais a fundo sobre cinema, a ver os filmes desse velhinho simpático que acabaram entrando na minha lista de favoritos, como "Um dia de cão", "Rede de Intrigas", "12 Homens e uma sentença", "Assassinato no Expresso Oriente" entre alguns outros.

Escrevo sobre ele agora não por ele ter falecido (ufa), mas por ter me surpreendido mais uma vez com sua carreira.

Em 2005 ele recebeu o Oscar Honorário pela sua obra (prêmio concedido muitas vezes àqueles diretores que todo mundo gosta e que nunca ganharam nada da Academia). Lembro no discurso quando ele agradeceu a honra e reclamou que ele não está aposentado, que poderiam esperar um pouco pois ele tinha o que fazer ainda. Ele tinha 81 anos. Todos deram risadas simpáticas como se fosse uma piada de discurso. E até porque sua carreira estagnou em qualidade em 1982, com "O veredicto". Mas não é que o garotão estava certo?

Ontem assisti "Antes que o Diabo saiba, você está morto"



Filmaço.

Direção elegante, claustrofóbica, interpretações vicerais, filmado em digital mas tão bem fotografado que quase sempre passa despercebido.

O roteiro foge dos clichês dos filmes de roubo e traz um realismo perturbador. Enquanto a maioria dos filmes desse gênero apelam para reviravlotas à la Mamet, "Antes que o diabo Saiba..." empurra os personagens ladeira a baixo e vem uma sucessão de desgraças. Daí flashback mostram outros ângulos da história e conhecemos mais os personagens. Só que eles continuam a se ferrar. Chega um ponto em que não estamos mais torcendo por ninguém. Não temos nenhum personagem agradável o qual queremos que tenha sucesso. Nos identificamos com todos os seus defeitos e por isso queremos certa distância. Parece que o filme não sabe como deve terminar e então aparece o personagem menos filho da puta e tem seu momento de redenção catártica, mas que também o levará para o inferno.

Levaram uns 25 anos para Lumet acertar a mão de novo. Tomara que continue acertando assim por muito tempo.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

TOP 5 filmes de comida

Vi essa lista no Spout em homenagem ao thanksgiving e resolvi fazer a minha também. Comida é um tema (trocadalhos à parte) apetitoso no cinema. Bem que podiam adaptar "O clube dos anjos", do Verissimo, para as telas, hein? Aqui vai então 5 filmes, sem pensar muito e sem justificar pois a fome me dá preguiça.

1 - Ratatouille



2 - Tampopo, os bravos também comem spaghetti



3 - Delicatessen



4 - O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante



5 - A marvada carne

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Remake de Old Boy



É mais uma notícia de obituário. Ninguém morreu, ainda, mas se o Spielberg realmente quer fazer um remake do Old Boy com o Will Smith no papel de Oh Dae-Su, quem pode morrer é a credibilidade artística dele, que depois do respiro de sua credibilidade com o excelente Munique, estuprou Indiana Jones (segundo o South Park), vai dirigir o "Tintin" (não sei mesmo o que esperar) e depois pode emplacar esse arriscado remake do cult coreano.

Se bem que Munique é outro filme complexo sobre vingança e sobre suas consequências. O tema não é problema. A questão é toda a viôlência gráfica-psicológica que ainda não cairia nas graças do público em geral.

Já pensou se ao invés do martelo do personagem, teremos um walkie-talkie?
Ao invés de hipnose, abdução alienígena?
A cena da briga no corredor em computação gráfica?
A trilha épica de John Williams entupindo os momentos de tensão?
Sem incesto, sem língua cortada, dentes arrancados, sem polvo vivo goela abaixo...
Sem graça.

O Nicholas Cage anteriormente queria bancar um remake com ele estrelando. Dele sim, poderia esperar qualquer coisa. É até emocionante acompanhar a sua carreira. Ele erra de forma absurda e patética em alumas escolhas de roteiro. Mas quando acerta emplaca filmes cult ou sucessos de bilheteria. Já Will Smith não. Ele não arrisca, faz filmes família e se garante assim. Tomara que se o remake acontecer, tanto Spielberg quanto Will Smith brinquem de se arriscar no topo da montanha. É assim que grande obras com grande alcance acontecem.


Abaixo um poster fantástico do filme (pra quem viu não tem com não achar graça)




E o absurdo trailer americanizado.


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tchau, Michael Crichton


Mais uma pro obituário.
Faleceu Michael Crichton, de câncer, uma espécie de Shakespeare contemporâneo (claro que pela difusão da obra, não pela qualidade), teve mais de 15 livros adaptados ao cinema, entre eles Jurassic Park, Linha do Tempo, Esfera, Assédio Sexual, entre outros e a série de TV "E.R." também. Alguns bons filmes outros nem tanto. Mas para um escritor ter uma receita de 20 milhões de dólares por ano, tem que tirar o chapéu.
Saudades da empolgante sensação que tive no cinema ao ver dinossauros criarem vida e atacarem humanos.
Foi um dos responsávei por eu nunca deixar de curtir cinema pipoca.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Último Dragão!

A notícia bombástica do dia! O Omelete diz que A Columbia Pictures vai refilmar o cult clássico "sessão da tarde" de 1985, O Último Dragão. E adivinha que vai ficar no lugar do finado Julius Carry III, o eterno Sho 'Nuff, o shogun do Harlem?



Claro, Samuel L. Jackson.

"Sou um grande fã do original e não vejo a hora de trazer o Sho 'Nuff para o século 21", disse o ator no comunicado oficial. Ainda não há um ator escalado para viver o herói Leroy Green. Dallas Jackson adapta o roteiro e produz o filme, ao lado de RZA, rapper do Wu-Tang Clan.

A premissa continua a mesma: "Bruce" Leroy é um jovem estudante de artes marciais que tenta sobreviver nas ruas de Nova York enquanto luta para alcançar o nível máximo, luta para ser o último dragão. O problema é que no caminho está Sho 'Nuff, seu diabólico penteado, suas roupas transadas e seus punhos que brilham.

Espere também muita música, como no original. Isso porque a Davis Entertainment (dos filmes de Resident Evil), que produz o filme para a Columbia, quer que O Último Dragão ajude a promover o aniversário de 50 anos da lendária Motown.

Aqui um trecho do clássico.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

And the Oscar goes to...


Segundo o Almanaque Virtual o filme Wall-E pode ser ser um dos candidatos a categoria de melhor filme no Oscar, pelo menos é o que pretende a Disney. Esta semana, a major iniciou uma campanha para levar a história do robô abandonado e responsável pela limpeza do planeta Terra para a disputa.

O Oscar de melhor filme nunca foi vencido por uma animação. Somente A Bela e a Fera, da Disney, conseguiu concorrer ao prêmio em 1991. A categoria animação foi criada em 2001 justamente para premiar os filmes desse tipo.

É claro que Wall•E pode ser indicado à melhor filme e melhor animação. No entanto, se ganhar na primeira, dificilmente os membros da Academia votarão nele na segunda.

Estamos em outubro e não surgiu nenhum filme tão bom quanto. Pelo menos dos que vi aqui no fim do mundo cultural.

Acho que rola.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Top 5 Nomes Típicos de Festival (emprestado do Zé Pereira)



Por Arnaldo Branco



1 - Homem andando na neve

Com esse título, quem precisa de sinopse?

2 - O homem que engarrafava nuvens

Nuvem em nome de filme é alerta de roubada, com poesia, então, é Selo de Garantia.

3 - Tornando-se mais e mais humano no mesmo no interior do mesmo

Nem é nome típico de festival, na verdade nem é nome típico de nada, mas, DUDE.

4 - Aquele querido mês de agosto

Nome de mês é um clássico, “querido” também, promete.

5 - Eu sou porque nós somos, Somos todos diferentes, Ser como os outros, Eu sou o povo, Nós somos um poema

Fique calmo, são cinco filmes diferentes: o Festival do Rio em crise de identidade.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Because I´m free...



Lista pessoal de Paul Newman

Filme favorito:

"A cor do dinheiro"

Melhor parceria em tela:

"Robert Redoford, lógico"

Melhores frases:

"You can't be as old as I am without waking up with a surprised look on your face every morning: 'Holy Christ, whaddya know - I'm still around!' It's absolutely amazing that I survived all the booze and smoking and the cars and the career."

"I'd like to be remembered as a guy who tried - who tried to be part of his times, tried to help people communicate with one another, tried to find some decency in his own life, tried to extend himself as a human being. Someone who isn't complacent, who doesn't cop out."

"I would like it if people would think that beyond Newman, there's a spirit that takes action, a heart, and a talent that doesn't come from my blue eyes."

"A man with no enemies is a man with no character."

"Being on President Nixon's enemies list was the highest single honor I've ever received. Who knows who's listening to me now and what government list I'm on?"

"I don't think there's anything exceptional or noble in being philanthropic. It's the other attitude that confuses me."

"I never ask my wife about my flaws. Instead I try to get her to ignore them and concentrate on my sense of humor. You don't want any woman to look under the carpet, guys, because there's lots of flaws underneath. Joanne believes my character in a film we did together, 'Mr. and Mrs. Bridge' comes closest to who I really am. I personally don't think there's one character who comes close . . . but I learned a long time ago not to disagree on things that I don't have a solid opinion about."

"Joanne has always given me unconditional support in all my choices and endeavors, and that includes my race car driving, which she deplores. To me, that's love."


Paul Newman (1925 - 2008)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cinema Arte X Cinema Entretenimento

Texto do Jorge Coli na caderno Mais da Folha desse domingo:

Inácio Araujo, com seu sentido certeiro das formulações, escreveu outro dia em uma de suas críticas na Ilustrada: "Mas, ainda assim, não mais que um "filme de arte'".
É uma frase que abala convenções. Se fosse "não mais que um blockbuster" ou "não mais que um filme de shopping", tudo pareceria coerente. Do jeito que ficou, tem o aspecto de uma contradição: a noção "filme de arte", em princípio, elevada, foi percebida como pejorativa.
É que o chamado filme de arte deixou de ser o campo da invenção e da ousadia, como era percebido até algumas décadas atrás. Existe agora uma concepção preestabelecida que enquadra "filme de arte", com algumas receitas mais ou menos explícitas.
Passou a existir o academismo do "filme de arte". Ele cumpre parâmetros e se submete a convenções implícitas, que restringem o espírito criador em benefício de um trabalhinho bem feito.
A razão principal não é cinematográfica.
Ela formou-se a partir de um pacto entre público e diretores culturalmente sofisticados, pacto que se estabelece por meio de sinais exteriores de reconhecimento, espécie de feromônios sem cheiro. Tudo isso substitui a criação cinematográfica mais autêntica.
Os filmes resultam cheios de bons sentimentos, os temas são definidos de antemão como profundos; têm boa iluminação, boa filmagem, boa montagem. Os espectadores se encantam com algumas metáforas fáceis ou alusões que se querem densas.
No fim, sai do cinema levemente entediado, mas com a satisfação de um dever cultural cumprido. Tudo isso é bastante simbólico e meio cerimonial.
Cismas
Cinema é uma arte, e a noção "cinema de arte" não é um título de nobreza, mas um pleonasmo. Ninguém consegue dizer de onde vai brotar a criação artística.
Clint Eastwood, que nasceu de um cruzamento entre filmes baratos de Hollywood e o western spaghetti, tornou-se um artista maior na história do cinema. As seqüências dos "Alien", dos "Batman", para além da discussão sobre cada filme, formam magníficas sagas. É bobagem multiplicar os exemplos: um filme não é bom apenas porque é "de arte" ou ruim porque blockbuster.
Inferno
A sensação de tédio, nada boa em princípio, pode, curiosamente, ter um papel valorizador no campo da arte. É um fenômeno perverso. Espera-se das obras que elas ofereçam prazeres superiores, mas não muito bem definidos, que elas tragam revelações preciosas, que agucem a sensibilidade.
Em nome deles, suporta-se estoicamente o tédio, imaginando-se que, de algum modo, a recompensa virá mais tarde. Muita gente faz uma distinção nítida entre arte e divertimento, como se divertir com arte fosse quase um pecado.
Existe, por sinal, uma história filosófica desse pecado, que Hans Robert Jauss retraçou em sua "Pequena Apologia da Experiência Estética".
Delícia
A cultura norte-americana, com sua forte pregnância classificatória, insiste muito na separação entre "art" e "entertainment". Simplificando: se é arte, é chato, se é gostoso, não é arte. Esse jogo preconceituoso é péssimo: ele faz engolir gato por lebre e recusar lebre por gato. Há certas obras que são apaixonantes, mas consideradas difíceis.
É que o espectador não encontrou as boas chaves para elas. Procurá-las é um desafio: dificuldade não quer dizer tédio, mas estímulo. As artes foram feitas para oferecer prazeres dos tipos e gêneros diversos. Se eu me aborreço, é que alguma coisa está errada.

sábado, 20 de setembro de 2008

TOP 5 FILMES INSUPORTÁVEIS - PARTE 1


Adoro listas.
Inspirado pela lista da Gabriela pensei em como fazer uma lista tão útil quanto.
Pensei, pensei e pensei.
Como um cinéfilo pode ajudar outras pessoas com seus conhecimentos?

Já sei!

Economicamente.

Como assim?

Veja bem... Visto que todo mundo assiste filmes e é um lazer não lá muito barato, posso ajudar os outros indicando filmes para os outros NÃo assistirem e assim usar esse dinheiro economizado para coisas mais produtivas.

Assim aqui vai a lista dos

TOP 5 FILMES INSUPORTÁVEIS - PARTE 1

Sim, são filmes que me trouxeram ódio, asco e tendências autoflagelantes.

Só assistam por curiosidade mórbida, desenvolvimento de métodos de meditação e para tentar divertir-se bolando adjetivos pejorativos sobre eles.

Lá vai. Em ordem decrescente de urticárias


1 - PALAVRA E UTOPIA (Manoel de Oliveira)


2 - ELOGIO AO AMOR (Goddard)


3 - LIMITE (Mario Peixoto)


4 - A ÚLTIMA TEMPESTADE (Peter Greenaway)


5 - TEOREMA (Pasolini)


Em breve mais desse novo serviço público.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

STALLONE COBRA (dublado, lógico)



Um dos maiores filmes já dublados na história dos clássicos involuntários.
Frases como:

"Você é a doença, eu sou a cura",

"Com louco eu não negocio, eu mato"

e o monólogo definitivo dos filmes de ação:

"Cretino. Você adora dar tiro. Eu odeio gente assim. Você é um imaturo. Você é um... cocô. Eu vou matar você"

já fazem parte da cultura pop e do imaginário do cinéfilo brasileiro abençoado com dublagens inspiradas. Digo inspiradas pois nem 10% do que é dito tem a ver com as falas originais.

Filme para assistir muitas vezes e reparar nos nuances de interpretação de um durão de bom coração. Stallone na melhor forma. Mesmo dublada.
Por exemplo a última vez que assisti reparei mais um momento lindo e sutil, digno dos grandes atores. Reparem no video abaixo, aos 43 segundos, quando o chefe do Cobra solta um clichê lindo:

"Eu não concordei com sua vinda pra cá. Só quero que você saiba disso".

Stallone respira, olha para o lado e solta um "Tá". Poucos atores expressam tanto com tão pouco.

E em 2:35, quando Cobra cerca o bandido do supermercado pelo corredor de congelados e tem um senhor numa cadeira do rodas cobrindo o rosto de pavor, como se ele não chamasse atenção o bastante

Assista e reassista essa sequência mágica, então assista o filme inteiro e ache suas próprias cenas clássicas. Acredite, não são poucas.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O Efeito Kuleshov



Uma das coisas mais bacanas que já vi na história do cinema foi o "Efeito Kuleshov".
Kuleshov foi um cineasta russo que fez um experimento superestimado na época (em 20 e pouco) mas bem útil para estudos de cinema até os dias atuais. Ele pegou um ator (Ivan Mouzzhukin) e filmou seu rosto sem dirigi-lo, com expressão neutra. Depois ele pegou outras cenas e justapôs com sua reação criando reações afetivas artificiais para as imagens. Por exemplo:

Criança + Mouzzhukin = Ternura.
Mulher num caixão + Mouzzhukin = Tristeza.
Prato de comida + Mouzzhukin = Fome.



Esse jogo de imagem contamina o espectador que se envolve com a justaposição e acredita que o ator muda a expressão de plano para plano.

"Nossa! Olha a sutileza do olhar dele demostrando ternura! Uau! Olha a expressão de tristeza contida! Caramba! Que demonstração de fome!"

Enfim. Cinema é mentira.

E o que não é?

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

E se "O iluminado" fosse uma comédia?

Diz a lenda que uma produtora norte-americana estava selecionando editores de video e uma das etapas decisivas era pegar um filme clássico de uma lista estabelecida e criar um trailer mudando totalmente o gênero dele.
O vencedor pegou nada menos que "O Iluminado", uma das obras primas do Stanley Kubrick que já deve ter rendido horas de terapias para muita gente impressionável. Terrorzão psicológico de primeira com o alucinado Jack Nicholson inspirado.
O cara pegou imagens do filme e transformou, pasme, em uma compedia romântica.
O mais difícil deve ter sido cortar as cenas do Jack no limite entre o sorriso e a insanidade. A trilha sonora e a locução são impecáveis. Belíssimo trabalho. Até eu contratava o cara. O dia que eu tiver uma produtora, quem sabe.
A moda pegou e já existe várias edições como essa de mudar o gênero de um filme no youtube, mas nenhuma que eu vi supera essa.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

David Cronenberg e os Senhores do Crime




Inspirado pelo filmaço que acabei de assistir, "Senhores do Crime", do genial diretor canadense David Cronenberg, resolvi fazer uma lista pretensiosa com seus 8 melhores filmes. Por que 8? Por que uma lista com 8 filmes soa como um filme do próprio Cronenberg. À primeira vista não parece fazer sentido. Depois você já não se importa com isso. Daí passa a fazer todo o sentido. Eu não vi nem 1/4 da filmografia dele mas o considero um gênio e um dos diretores-autores fodões do cinema.

Em ordem decrescente.

8 - Videodrome

7 - Scanners

6 - Gêmeos, mórbida semelhança

5 - Crash - Estranhos Prazeres

4 - Spider

3 - A Mosca

2 - Marcas da Violência

1 - Senhores do Crime


É possível que a lista mude na minha segunda lida. Mas dificilmente o primeiro lugar vai sair tão cedo. Eita filme bom. Parece uma sequência temática de seu filme anterior, Marcas da Violência, também com o Viggo Mortensen. Ambos falam, claro, da violência e questiona a origem dela e sua justificativa, se é que é ela tem e se ela pode ser boa também.
"Senhores da Violência" foi encomendado pela BBC para mostrar o submundo de Londres que envolve prostituição, contrabando, tráfico de drogas, imigrantes criminosos entre outros queimadores de filme para a imagem britânica. O roteiro é redondíssimo e a direção é extremamente elegante. Esse ano só vi elegância igual em "O Gângster", do Ridley Scott. Aqui Cronenberg faz um trabalho brilhante em cima do roteiro quando orquestra cada detalhe do filme transformando todas as fórmulas conhecidas do cinema em algo tão digerível e discreto que nem percebemos coisas óbvias. As reviravoltas do roteiro, a construção, intenção e evolução dos personagens, a trilha sonora (ou ausência dela) e o grafismo da violência se dão de forma tão crua e sutil que atinge a "diegese perfeita" (termo que acabei de inventar) e tudo flui perfeitamente.
E como de costume, o diretor nos brinda com mais cenas que aparentemente ninguém dá nada mas ficam na história do cinema e na memória dos cinéfilos. A abertura climática e violenta e a já clássica cena da briga na sauna. Mas cenas fortes qualquer diretor gore consegue fazer. Cronenberg é especial por usar o vazio como forma narrativa. O que não é mostrado ou falado, além de servir de clima, não subestima a inteligência do espectador. Coisa rara hoje em dia, onde um filme quanto mais mastigado, menos faz pensar durante a projeção e principalmente depois. E Cronenberg não dá a mínima pro nosso conforto mental. Ainda bem.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

E Bernie Mac também se foi.



Faleceu esses dias também o comediante Bernie Mac, grande coadjuvante em grandes filmes e muitos nem tanto. Pra mim vai ficar na minha lembrança com um papel bacana no maior filme natalino de todos os tempos, BAD SANTA (com uma das traduções mais constrangedoras para português que já vi, "Papai Noel ás avessas"). Comédia de humor negro, nonsense, anarquia e ao contrário de 99,99% das comédias americanas o anti-herói não encontra a redenção pelo caminho da pieguice fácil.

Infelizmente não achei o video pra postar com a minha cena favorita do filme. Um diálogo aparentemente comum entre Bernie Mac e outro falecido, o grande John Ritter (esse blog parece um obituário, eu sei). Ritter improvisa umas reações faciais quando fala das perversões sexuais do Papai Noel alcólatra e Bernie Mac heroicamente se contorce pra não rir.

Um dos raros filmes que assisto mais de uma vez e nunca rio menos que a última. Graças ao simples e brilhante roteiro, atuações inspiradas de Billy Bob Thorton, Bernie Mac e John Ritter.

Aqui vai uma cena que resume o espírito natalino do filme.



Esse filme sim poderia virar uma franquia natalina. E quando Tim Allen morrer não vou escrever à respeito.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

British Army

Cena do filme "O sentido da vida", do Monty Python.
Deveria ser usada em exame psicotécnico.
Não confio em quem não acha a cena engraçada e a pessoa que não rir quando o general berra "LEARNING THE PIANO!!!" merece a camisa de força.
Simples assim.
Saudade, mas muita saudade dessa trupe.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Adeus, Chef


Morreu Issac Hayes, vulgo Chef e autor da trilha sonora de Shaft (aquela mesmo que todo mundo queria andar na rua todo pimpão, peito estufado e tocando ela de fundo).

Na verdade ele já tinha morrido pra mim quando largou um dos melhores empregos do mundo como dublador de South Park por um motivo imbecil. Foi logo após o famoso episódio da cientologia, quando ele, praticante dessa, ficou indignado com a zombaria sobre a sua religião e pediu a conta. Na verdade o episódio pega leve com a seita e desce a lenha nos seus praticantes, já que a própria origem dela já é uma piada em si. Tá bom, zoar com o papa, com os mórmons, católicos, judeus, etc, tudo bem. Mas com a seríssima cientologia, óóóóóóóó.

Enfim, quero lembrar dele como um baita músico e não como um hipócrita e ignorante.
Então aqui vai um video de sua grande obra prima vencedora do Oscar de canção original.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ratatouille - O maior de todos


"De várias maneiras o trabalho de um crítico é fácil. Nós nos arriscamos muito pouco e ainda desfrutamos de uma posição confortável sobre aqueles que submetem seu trabalho e a si próprios ao nosso julgamento. Nós nos refestelamos escrevendo crítica negativa, que é divertida de escrever e de ler. Mas a verdade amarga que nós, críticos, temos que encarar é o fato de que, no grande esquema das coisas, até o lixo medíocre tem mais significado do que a nossa crítica em si. Mas há momentos em que um crítico verdadeiramente arrisca algo, e isso ocorre na descoberta e na defesa do novo. O mundo é geralmente inóspito para o novo talento, novas criações. O novo precisa de amigos. Noite passada, eu experimentei algo novo, uma refeição extraordinária preparada por uma fonte singularmente inesperada. Dizer que tanto a refeição quanto quem a preparou desafiaram meus preconceitos é uma grosseira simplificação. Ambos me abalaram em meu âmago. No passado, não fiz segredo do meu desdenho pelo famoso lema do Chefe Gusteau: Qualquer um pode cozinhar. Mas só agora verdadeiramente percebo o que ele queria dizer. Nem todo mundo pode se tornar um grande artista, mas um grande artista pode vir de qualquer lugar. É difícil imaginar alguém com origem mais humilde do que o gênio agora cozinhando no restaurante Gusteau’s e quem, na opinião deste crítico, não é nada menos do que o maior chef da França. Estarei voltando ao Gusteau’s em breve, faminto por mais”.

Viu, Chaplin?
O cinema sonoro tem salvação.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Dark Knight - Número 1 do IMDB???


Absurdo. O Poderoso Chefão já não é mais o filme melhor pontuado entre os usuários do IMDB, maior banco de dados de cinema no mundo. Exagero. Se O Poderoso Chefão não é o melhor filme da história, Batman - O Cavaleiro das Trevas é muito, mas muito menos. Apesar dos recordes de bilheteria sendo batidos (se bater o do Titanic eu nunca mais escrevo sobre cinema) é lógico que é um filme longe de ser um clássico. Pra isso o filme tem que ser maior que uma polêmica e muito resistente ao tempo. Só o tempo dirá.

Pra quem quer argumentos pra falar bem do filme, ele é sim, acima da média para um filme que fala de um maluco vestido de morcego perseguindo outro de palhaço (imagino David Lynch considerando uma premissa dessa para um filme). Bem fotografado, direção segura, produção voltada ao realismo e um Heath Ledger sem rédeas que rouba todas as cenas em que aparece (nem entro no circo armado em torno da morte dele pois o filme merece um pouco mais do que essa visão sensacionalista). Apesar de longo o roteiro é bem amarrado (não necessariamente verossímil) e o final só não é mais pesado pois fica a sensação de que haverão outros por vir e assim consertar o destino trágico do homem morcego mas necessário para a sua própria definição de herói (O Império Contra-Ataca me vêm à mente). A grande sacada dessa retomada da franquia foi relacionar o herói com os vilões como um decorrente do outro. Gothan ganha um justiceiro psicótico e a contrapartida é o surgimento de vilões piores. Nesse caso o Coringa fascina pelos métodos insanos, motivações anarquistas e por isso seus passos sempre indecifráveis ficam a frente da polícia. É uma força do mal que chega pra desestabilizar o sistema, como o personagem de Javier Bardem em "Onde Os Fracos Não Tem Vez. Ambos provocam o caos e servem bem para a humanidade como exemplos de que nunca podemos subestimar a maldade e que nem toda desgraça pode ser explicada pela obra de Deus ou pela porta dos fundos da civilização. Afinal o que seria do terrorismo sem a sua imprevisiblidade e uma "Amoral" perturbadora? E como o cinema, assim como qualquer obra de arte, por mais que retrate um mundo ficcional sempre vai ser um reflexo da sociedade a qual o autor está inserido. Pelo menos ganhamos assim filmes de ação bem intessantes nos dias de hoje. Taí: marketing saboroso, produto que corresponde às espectativas, subtexto para "pensar" e satisfação garantida do consumidor.

Agora minha parte favorita... Pra quem gosta de ser do contra e falar mal das unanimidades burras. O que mais limitou o potencial do filme foi a escolha covarde e babaca da Warner em querer que o filme pegasse o PG-13, censura para 13 anos de idade. Fica constrangedor um filme de tamanha violência psicológica não ter uma gota de sangue. Não sou hemofágico, mas ficou ridículo e perdeu a tal da credibilidade artística. Alguns diriam: "Ah, mas e o poder da sugestão? Veja o Tubarão, do Spielberg". Sim, Tubarão sugere bastante e cria uma tensão perturbadora mas na hora do pau ele é catarticamente bem explícito No Batman, as cenas com o Coringa são insanas, perturbadoras e tensas, mas na hora do pega parece "Sessão da Tarde". O estrago já foi feito na cabeça da rapaziada. Aliás tem muito adulto mal informado levando a piazada pro cinema achando que o filme parace com os Batmans do Joel Schumacher. Dá-lhe psicólogo depois. Voltando ao lado negativo do filme... Que diabos é a voz do Christian Bale quando está mascarado? Constrangedora demais. Pior que no primeiro filme. A trilha sonora toda hora chama a atenção de modo negativo e no final não se lembra nem uma nota. Outro aspecto que poderia ter sido melhorado é a direção e a montagem nas cenas de ação, principalmente quando Batman sai na mão contra a bandidagem e a edição fica muito frenética. Não dá pra entender bulhufas do que ta acontecendo. Essa é a tendência do cinema de ação desde a trilogia "Bourne" (Supremacia Bourne, mais especificamente) onde o uso da câmera na mão e montagem frenética dá a sensação visual de documentário e aproxima mais o espectador da ação. Ok, tem algumas cenas fantásticas com esse recurso (como o pulo da janela em "Ultimato Bourne") mas geralmente a montagem frenética incomoda a vista e quanto mais frequente elas são feitas mais descartáveis ficam e assim vão perecer como o efeito bullet time do "Matrix". Em nenhum desses novos "Batman" tem uma cena sequer memorável no ponto de vista técnico. O diretor Christopher Nolan não tem nem a competência para isso e nem a intenção. Foi burocrático e correto o suficiente para o espectador lembrar e curtir o roteiro. Infelizmente é uma tendência não só em Hollywood, mas no mundo todo, diretores não se preocupam mais com o apuro visual, a elaboração de enquadramentos mais complexos, informações visuais sutis, simbologia visual e sonora, movimentos de câmera que tenham significado. Grandes mestres como Brian de Palma, Coppola, Scorsese, Spielberg, Ridley Scott vão assistindo o predomínio nas bilheterias de uma uma geração de diretores sem personalidade, com raras excessões. Christopher Nolan não é uma delas e "Batman - O Cavaleiro das Trevas" não é uma obra-prima. Ainda.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Watchmen - Trailer 1

Opa!
Tá chegando...

TOP 5 FILMES DE AVENTURA JAMAIS FEITOS:

1 - STAR WARS V, O IMPÉRIO CONTRA-ATACA, por DAVID LYNCH! (esse realmente foi cogitado, já pensou?)

2 - INDEPENDENCE DAY, por ED WOOD (efeitos especiais além da imaginação e Bela Lugosi como presidente americano)

3 - DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA por MICHAEL BAY (queria ver pirotecnia numa sala com 12 jurados tagarelas)

4 - TUBARÃO, pot INGMAR BERGMAN (filme de 4 horas, mar vermelho e um tubarão que aparece 1/2 segundo)

5 - VESTÍGIOS DO DIA, por JOHN WOO (pombas, camera lenta e Chow Yun Fat de mordomo intrspectivo)

terça-feira, 8 de julho de 2008

Posters Polonoses

Os melhores poster poloneses.

Os Sete Samurais (é, ninguém até hoje filmou chuva melhor que o Kurosawa. bela escolha da cena)


Space Balls (faz o filme parecer mais interessante do que é)



Star Wars (parece que os artistas não viram o filme, o que ficou ótimo)



Veludo Azul (suspense e sutileza desconexa, Lynch total)



Zelig (Woodly Allen e seu rosto camaleônico é todos ninguém)


Mistery train (diz tudo! tem que ver o filme pra entender)



Nico (Steven Seagal estréia com estilo)



O Pagador de Promessas (que o cinema nacional aprenda a fazer cartaz)



Poderoso Chefão 2 (olhe bem pro espelho)



Ran (resumo das cores)



Encouraçado Potemkin (a escadaria infinita se funde com as pessoas. lindo)



Gremlins (divertido como o filme)

]

O Iluminado (cena escolhida longe do óbvio e ainda assim assusta)



Laranaja Mecânica (simples e psicótico)



Cão Andaluz (pois é, tem que ver pra entender. ou não)



Depois de horas (espírito bem captado)



Dersu Uzala (sinceramente não sei bem o que tem a ver com o filme, mas é bacana)



A Mosca (perturbador pra quem já viu o filme e convidativo pra quem não)



Aliens (baita sequência, baita arte)



A balada de Narayama (clássico do Imamura tem arte espetacular à altura)



Caçadores de arca perdida (ahn? pois é...)



Blade Runner (sexy, futurista e retrô ao mesmo tempo, como o filme)




Outro dia posto mais.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Biggus Dickus

The Pilate's Chamber Scene

(BRIAN is hauled into PILATE'S audience chamber. It is big and impressive,
although a certain amount of redecorating is underway. The CENTURION salutes.)

CENTURION
Hail Caesar.

PILATE
Hail Caesar.

CENTURION
Only one survivor, sir.

PILATE
Thwow him to the floor.

CENTURION
What sir?

PILATE
Thwow him to the floor.

CENTURION
Ah!
(He indicates to the two roman GUARDS who throw BRIAN to the ground.)

PILATE
Now, what is your name, Jew?

BRIAN
Brian.

PILATE
Bwian, eh?

BRIAN (trying to be helpful)
No, *BRIAN*.
(The CENTURION cuffs him.)

PILATE
The little wascal has spiwit.

CENTURION
Has what, sir?

PILATE
*SPIWIT*.

CENTURION
Yes, he did, sir.

PILATE
No, no, spiwit ... bwavado ... a touch of dewwing-do.

CENTURION (still not really understanding)
Ah. About eleven, sir.

PILATE (to BRIAN)
So you dare to waid us.

BRIAN (rising to his feet)
To what?

PILATE
Stwike him, centuwion, vewwy woughly.

CENTURION
And throw him to the floor, sir?

PILATE
What?

CENTURION
THWOW him to the floor again, sir?

PILATE
Oh yes. Thwow him to the floor.

(The CENTURION knocks BRIAN hard on the side of the head again and the TWO
GUARDS throw him to the floor.)

PILATE
Now, Jewish wapscallion.

BRIAN
I'm not Jewish ... I'm a Roman!

PILATE
*WOMAN*?

BRIAN
No, *ROMAN*.
(But he's not quick enough to avoid another blow from the CENTURION.)

PILATE
So, your father was a *WOMAN*. Who was he?

BRIAN (proudly)
He was a centurion in the Jerusalem Garrison.

PILATE
Oh. What was his name?

BRIAN
Nortius Maximus.
(An involuntary titter arises from the CENTURION.)

PILATE
Centuwion, do we have anyone of that name in the gawwison?

CENTURION
Well ... no sir.

PILATE
You sound vewwy sure ... have you checked?

CENTURION
Well ... no sir ... I think it's a joke, sir ... like ... Sillius Soddus
or ... Biggus Dickus.

PILATE
What's so funny about Biggus Dickus?

CENTURION
Well ... it's a ... joke name, sir.

PILATE
I have a vewwy gweat fwend in Wome called Biggus Dickus.
(Involuntary laughter from a nearby GUARD surprises PILATE.)

PILATE
Silence! What is all this insolence? You will find yourself in
gladiator school vewwy quickly with wotten behaviour like that.
(The GUARD tries to stop giggling. PILATE turns away from him. He is angry.)

BRIAN
Can I go now sir ...
(The CENTURION strikes him.)

PILATE
Wait till Biggus hears of this!
(The GUARD immediately breaks up again. PILATE turns on him.)

PILATE
Wight! Centuwion ... take him away.

CENTURION
Oh sir, he only ...

PILATE
I want him fighting wabid wild animals within a week.

CENTURION
Yes, sir.
(He starts to drag out the wretched GUARD. BRIAN notices that little
attention is being paid to him.)

PILATE
I will not have my fwends widiculed by the common soldiewy.
(He walks slowly towards the other GUARDS.)

PILATE
Now ... anyone else feel like a little giggle when I mention my fwend ...
(He goes right up to one of the GUARDS.)
Biggus ... Dickus. He has a wife you know.
(The GUARDS tense up.)
Called Incontinentia.
(The GUARDS relax.)
Incontinentia Buttocks!
(The GUARDS fall about laughing. BRIAN takes advantage of the chaos to slip
away.)

PILATE
Silence! I've had enough of this wowdy wabble webel behaviour. Stop it!
Call yourselves Pwaetonian guards. Silence!
(But the GUARDS are all hysterical by now. PILATE notices BRIAN escaping.)

PILATE
You cwowd of cwacking-up cweeps. Seize him! Blow your noses and seize
him! Oh my bum.



UP!



Up é o próximo filme da Pixar. O filme conta as aventuras de um simpático velhinho que viaja o mundo em balões de gás (sim, sim, mera coincidência com o nosso padre errante).
Mesmo um idoso sendo para muitos um estranho modelo de brinquedos e produtos de marketing, aposto mais uma vez no sucesso do filme e na qualidade artística da Pixar. E tem como ser diferente?