sexta-feira, 27 de março de 2009

Steven Seagal, a lenda não pode morrer

E daí que ele ta barrigudo?
E daí que ele só faz filmeco direto pra video?
O nosso Ronaldo do cinema de ação mostra que tem talento até para ser parodiado (de forma linda, pelos Toilet Boys).







Pena que a série não foi adiante.
Isso é que dá tentar matar uma lenda.

Citando Cobra

Dublagem, pra que te quero.



Hey dirtbag, you're a lousy shot. I don't like lousy shots. You wasted a kid... for nothing. Now I think it's time to waste you!

(Cretino. Você adora dar tiro. Eu odeio gente assim. Você é um imaturo. Você é um cocô. Eu vou matar você).

Simplesmente mágico.

terça-feira, 24 de março de 2009

Street Fighter - The Later Years

Uma das idéias que eu queria ter tido.
Simplesmente genial.













quinta-feira, 19 de março de 2009

Up! Up! Up!



Pela primeira vez na história uma animação vai abrir uma edição do Festival de Cannes.
Não é a toa. Se tem gente que faz filmes com irretocável credibilidade artística e visão de entretenimento para todas as idades é o pessoal da Pixar. É uma obra-prima atrás de outra. Quando eu crescer quero trabalhar lá.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Milionário da Favela


Como um filme B feito para TV com elenco predominante amador ganha 8 Oscars e apesar de queimar o filme da cultura hindu é reverenciado no mundo todo (inclusive na India)?

A: Lobby agressivo
B: O filme é perfeito
C: Transe coletivo
D: Destino

Resposta:

D: Destino.


Que nem o filme, vou seguir uma lógica não-linear.
O destino resolveu que esse é o momento da Índia. Bollywood, música trash, livros de filosofia, cientistas, culinária estão invadindo o mundo. Antes mesmo de Slumdog ser concebido, tudo isso já vem borbulhando (até a Globo sacou com "Caminhos da Índia") faz um tempo. Daí o fascínio ocidental com filme, que já chega amaciado, sem causar tanta estranheza até porque a produção é inglesa, parcialmente falado em inglês e com referências cinematográficas e temáticas conhecidas.

Para vencer o Oscar (que como o post abaixo ilustrou), não é questão de merecimento, e sim de momento. Lembram quando Babel, Labirinto do Fauno e Filhos da esperança abocanharam quase tudo que é prêmio? Era o momento do cinema "latino" (mexicano, whatever). Quando Denzel Washington e Hale Berry venceram como atores no ano que homenagearam Sidney Poitier, era o ano dos negros.

Acontece que Bollywood, apesar de surrar Hollywood em mercado interno, ainda não faz filmes totalmente palatáveis para o ocidente. Provavelmente nunca um filme Indiano ganharia um Oscar (Mira Nair não conta, to falando do padrão local) então se é pra celebrar o momento da India, que seja num belíssimo feel-good movie dirigido por um dos maiores cineastas vivos, Danny Boyle, que fez sua obra-prima no início da carreira (Trainspotting, de lá pra cá não se superou) mostrando uma Índia pra inglês ver e para o espectador gozar (em qualquer sentido). Indianos felizes, ingleses felizes, americanos ganhando mais abertura no mercado hindu e ponto.

Ah! Pra variar tem os xiitas que dizem que o filme é uma afronta à realidade indiana. Assim como os que reclamaram do Cidade de Deus. Algumas palavras pra essas pessoas:

Um filme nunca tem a responsabilidade de mostrar a realidade. Quer realidade? Ponha a cabecinha pra fora da janela e olhe pra rua! Quer realmente aprender sobre um país? Vá até lá! Se nem documentários conseguem ilustrar a realidade de um povo (e nem acho que deva necessariamente) que dirá de um filme de ficção e entretenimento?

Falando em Cidade de Deus, é possível que tenha referências sim, como a perseguição na favela, o jogo de críquete, a galinha (aparece 1 segundo, mas remete na hora), câmera na mão, fotografia estourada, montagem não-linear. Mas seria ignorância também afirmar essa chupação toda sem ver os filmes do Danny Boyle (anteriores aos do Meirelles). Sim, todos são alucinantes, pessoas correndo o tempo todo, não linear, câmera na mão, grande angular e ritmo frenético (Cova Rasa, Trainspotting, A Praia, Por Uma Vida Menos Oridinária, Extermínio, Sunshine). Até aqui me parece que o Meirelles deve alguma coisa para Boyle, e não o contrário. Enfim. Deixe que eles resolvam isso.

Quanto ao filme em si, ele é bom mesmo. A grande sacada do roteiro é te prender na primeira cena afirmando que o favelado assistente de telemarketing, Jamal, ganhou 20 mulhões de rúpias no show do milhão local por conta do DESTINO. O que parece simplório no começo vai tomando forma de maneira espetacular. A cada pergunta que Jamal tem que responder temos um flashback contando fatos marcantes da vida dele que o relacionam com a resposta. Na nossa memória estão alojadas toneladas de informações aparentemente inúteis em relação aos outros, o que pega é que às vezes precisamos dessas informações para alguma coisa. O destino quis que Jamal usasse as dele para alguma coisa importante. E não para ganhar necessariamente o prêmio milionário. Quanto a sua história, por mais trágica e sofrida que possa ter sido, se Jamal não se abala, porque nós deveríamos? Nosso herói se agarra num sentimento de perseverança por sobrevivência e de amor por Latika. Ao contrário de Salim, seu irmão manipulador e ganancioso, que vive pelo poder. Quanto a Índia retratada não parece tããão diferente de lugares miseráveis aqui do Brasil, mas não tenho cacife pra falar disso então prefiro falar do que sei (que bom seria se tantos outros fizessem isso também).

Não li o livro o qual o filme se baseia para julgar devidamente a montagem, mas mesmo assim aplaudo o ritmo do filme. Impecável. Ele consegue ser ágil sem deixar pra trás informações importantes. Ele recusa o slow-motion em prol de algo parecido com "fast flicked motion" (expressão que inventei agora praquelas quebradas no movimento) para destacar cenas de contemplamento no meio da correria alucinada. Legal também é, pela escolha da forma como a história é guiada, sempre queremos saber o como e o que acontece em seguida, já que o final já é sabido desde o começo.

A trilha sonora é daquelas que encaixam perfeitamente com o astral e o ritmo do filme. Me peguei cantando a música final horas depois de ter assistido, mas sei que se for me interessar em ouvir música pop indiana vou quebrar a cara. Certas coisas só funcionam em determinado contexto. Como tudo nesse filme. Não acho que se o Meirelles, Spielberg, Scorsese, Gondry ou qualquer outro diretor dirigisse o filme, com qualquer outros ator, filmando em qualquer outro país em desenvolvimento, o filme teria o mesmo resultado.

É destino mesmo.

Citando Unforgiven



Little Bill Daggett: I don't deserve this... to die like this. I was building a house.

Will Munny: Deserve's got nothin' to do with it.
[aims gun]

Little Bill Daggett: I'll see you in hell, William Munny.

Will Munny: Yeah.
[fires]

terça-feira, 17 de março de 2009

Filmes do futuro

Mais um concurso de photoshop só pra postar alguma coisa.
Aqui vemos alguns dos filmes do futuro.













quarta-feira, 11 de março de 2009

Filme com Troy Mclure ou Filme Horrível de Verdade?


Oi, eu sou Troy Mclure.

Vocês devem lembrar de mim por filmes como "O pescoço do presidente sumiu!" e "Hydro - O homem com braços hidráulicos", assim como em participações especias no seriado "Os Simpsons".
Sim, vocês podem achar que meus filmes tem títulos tão brilhantes que extrapolam a barreira da "realidade". Mas realmente, você conseguiria distinguir quais filmes são meus e quais são na realidade realmente reais?
Faça o teste aqui

quarta-feira, 4 de março de 2009

Photoshop

Saiu um concurso de photoshop com o tema "E se as celebridades vivessem em outras épocas?" ALguns resultados interessantes e outros toscos.
Pra ver mais, clique aqui


Chaplin e Wall-e


Monroe em cana


Elvis Eminem


Rachel Weizs de Carmem Miranda


George Clooney em Casablanca


Hitman western

terça-feira, 3 de março de 2009

Entrevista com Joaquin Phoenix

Por que os melhores não podem ser normais?
Talvez isso seja uma contradição inerente.
Sei lá.
Espero que seja só marketing mesmo e não uma vontade ridícula de se autodesmistificar se autorridicularizando (ainda não me acostumei com a reforma ortográfica).


Inglorius Basterds

O novo do Tarantino

segunda-feira, 2 de março de 2009

Nove Rainhas




Spoiler, claro.

Os personagens do filme são claramente portenhos, nativos da metrópole de Buenos Aires, porém se retiramos as características portenhas dos personagens e a paisagem, temos uma estória que poderia se passar em qualquer lugar do mundo. Isso implica também na questão que não há um modelo estrutural vigente da cinematografia argentina.

Em nenhum momento o filme julga os atos dos dois (Como nos filmes de Hitchcock onde o choque de valores do “bem” o do “mal” acontece com muita freqüência e acabamos torcendo para que as tramas maléficas se concretizem), inclusive até entendemos e perdoamos os atos de Marcos depois que ele mostra para Juan as figuras comuns de Buenos Aires e mostrando que em todas as ruas existem ladrões em potencial, mas todos eles parecem pessoas comuns. A denuncia social é abafada pela simpatia dos personagens. Todos eles constituem uma galeria de pessoas corruptas que vivem à margem da lei, mas nos envolvemos com eles de forma assustadoramente plausível, pois somos todos iguais. Não há traços físicos e nem estéticos específicos nos criminosos. Até mesmo os mais pobres se vestem com certa dignidade. O argentino é um povo extremamente vaidoso e orgulhoso.

As mazelas da sua sociedade são mascaradas por ternos baratos e celulares pré-pagos. Tanto que no filme a fotografia é crua, ela não tenta dar uma áurea de beleza ou dar novos significados à realidade representada (como no filme Cidade de Deus). A imagem nos mostra uma crueza da realidade das ruas. Não é a qualidade da imagem que vai representar a realidade do povo e sim como ele se enquadra nessa realidade e interage com seus semelhantes.

As cenas de dentro do hotel também representam o argentino em traços pequenos, mas contundentes. Os diálogos possuem aqui mais humor, sarcasmo e as frases são colocadas sempre da forma certa e na hora certa. O empresário aqui até fala que a Argentina é um grande país para se fazer negócios, porém soa de forma irônica, como quando Marcos pega um chocolate feito na Grécia e ri dizendo que este país está na merda.

Todos esses personagens carregam dentro de si uma ironia que nos remete a uma analogia com os políticos corruptos, abundantes na América Latina. Os criminosos cujos crimes afetam mais intensamente a sociedade são os políticos e empresários salafrários, que com seus sorrisos brancos, cabelos pintados e ternos italianos, são a verdadeira imagem do crime. Os bandidos deste filme são diferentes dos bandidos dos filmes brasileiros, negros, favelados, cangaceiros, etc. Os bandidos de “Nove Rainhas” são estranhamente mais realistas.

A grande polêmica do filme é o final que mostra que tudo foi um golpe de Juan. Tem seus riscos que o tornam quase inverossímil, como por exemplo, os ladrões da moto roubando a pasta, que poderia dar errado, e no começo, no posto, Marcos poderia muito bem não ajudar Juan e sair do local, mas daí teríamos um filme muito curto, é verdade. Esses entre outros. Mostrando que tudo foi um golpe, onde ninguém é o que parece ser, houve um jogo, mesmo Marcos falando várias vezes para Juan que a vida dele não é um jogo. Esse jogo põe em cheque a realidade dos personagens representados, menos a de Marcos, que tem seu final catártico. Toda a análise feita até então sobre o povo argentino no filme perde um pouco a sua força, pois os personagens do filme se universalizam e o filme sai do documentário de “um dia na vida de dois ladrões” para um exercício de estilo policial hitchcockniano-mametniano. Porém não dá mais para apagar as mensagens do filme. Todos somos suspeitos e corruptíveis. Como diria Marcos: “Não faltam prostitutas, e sim empresários”.