quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Cannibal Holocaust

Tem gente que volta de férias.
Eu volto de trabalho (2 semaninhas intensas).

Sempre deixei explícito aqui o meu gosto pelos mockumentaries (documentários falsos). Principalmente os que caem para o humor, como Zelig, Spinal Tap e Borat. Mas tem também uma linha bem eficaz que é a do terror como Cloverfield, Bruxa de Blair e o assunto desse tópico, CANNIBAL HOLOCAUST (1980).


O filme é um clássico do terror gore dirigido pelo seguidor do neo-realismo italiano, Ruggero Deodato, que queria fazer uma sátira à exploração da violência pela mídia e fazer seu mentor Roberto Rosselini feliz.
E assim fez sua obra-prima sobre antropólogos que vêm a América do Sul fazer um documentário sobre tribos canibais na Amazônia. Claro que os pesquisadores são devorados vivos (ou quase isso) e as filmagens foram encontradas seis meses depois. Deodato nunca afirmou que seu filme era um documentário, mas com sua técnica de filmagem do cinema verdade e maquiagem beirando a perfeição causou furor pelo mundo, tendo sua exibição proibida em praticamente todos os lugares, sendo taxado de suff film. Pra piorar, Deodato pediu aos atores que sumissem por um tempo para dar mais realismo ao universo criado pelo filme.

Resultado: Um juiz de Milão não tem lá grande olhar cinematográfico e achou que tudo era verdade. O diretor sofreu acusação de homicídio. Para evitar a prisão teve que caçar seus atores escondidos, mostra-los ao público junto com seus contratos e revelar as técnicas de filmagem e maquiagem.

O filme ainda é proibido em muito países, em grande parte por cenas de animais sendo mortos como essa:




Essa experiência toda ensinou uma lição importante para Deodato:

"NÃO FAÇA SUA SÁTIRA TÃO EFETIVA!"


Abaixo a cena final onde os produtores acabam de assistir o copião e saem decepcionados. Reparem na fala do produtor carregada de crítica social, que encerra o filme com chave de ouro.



Clássico!

2 comentários:

Wesley disse...

nossa, adorei isso.

ms putz. dá pra perceber q há encenação, q os atores são canastrões e tal.
ou será q eu só percebi isso pq tinha lido o texto antes?

...

voltar do trabalho, boa!

...

ps: não consegui o visto d estudante para ir pra França , tomei no cu msm!
palha!

Brian disse...

A canastrice fica berrante porque ta dublado em inglês. Em italiano percebe-se menos, já que o sotaque italiano já é algo canastríssimo.